O que são as surpresas da vida! Quem poderia imaginar que entregar a presidência de forma suspeita a um ex-presidiário semianalfabeto acabaria fazendo o país passar vergonha no exterior, não é mesmo? E não é apenas uma atrás da outra, é uma pior que a outra.
Em Portugal, onde está agora, já começou na viagem de ida, adiantada em um dia para que ele pudesse fugir sem dar explicações depois que as imagens que tentou esconder vieram à tona, mostrando a cumplicidade e o incentivo do seu GSI à entrada de manifestantes em prédios públicos no dia 8 de janeiro.
De lá, mandou espalhar a ração que seu típico eleitor está acostumado a engolir. Ele "não sabia" e "foi traído", agora pelo general melancia que o seguia fielmente há décadas. Seu gado acreditou, a imprensa que voltou a receber propagandas (dinheiro) do governo fingiu acreditar. E ele achou que o resto do mundo era igual.
Quebrou a cara, pois mal desceu e passou a ser cobrado sobre suas contradições a respeito da invasão da Ucrânia. Tentou se desvencilhar como costuma fazer por aqui, dizendo que não disse o que disse e discorrendo sobre a importância da paz ao estilo Chance jardineiro palerma.
Levou um desmentido oficial do Twitter e protagonizou um dos episódios mais ridículos de todos os tempos, quando, esquecido de que o exterior em que estava era Portugal, usou o velho truque de fingir não entender a língua local para não ter que responder ao que uma repórter, clara e pausadamente, lhe perguntava.
Hoje é seu último dia por lá. Aquele que definiu a data de sua viagem, já que o plano era encerrá-la gloriosamente, com um discurso na sessão solene que lembrará a Revolução dos Cravos no parlamento português. Era, pois o triplamente condenado esqueceu-se outra vez da proximidade entre as duas nações.
Essa proximidade significa que ele é relativamente bem conhecido por lá. E onde o conhecem ele pode ser lembrado publicamente daquilo que é. Parlamentares prometiam protestar em grande número contra a sua nefasta presença, populares já se reuniam para apoiá-los. A repercussão seria internacional.
A solução foi local. Como faz por aqui, ele vai se esconder. Nada de discurso ou exposição aberta. Ele passará rapidamente pelo parlamento para poder dizer aos idiotas nacionais que esteve lá. Mas se limitará a falar com poucas pessoas, torcendo para não cruzar com nenhum deputado disposto a fazê-lo ouvir umas verdades.
É uma vergonha, mas ele está acostumado. Seu comício é com tapumes e ingresso limitado, seu povo é levado de ônibus fretado. Expor-se a um público que não pode ser controlado, passeando por um shopping popular ou assistindo a um jogo no estádio, como seu antecessor fazia, lhe seria impossível sem uma vaia histórica ou coisa pior.
Exceto em locais dominados pela bandidagem que vota maciçamente em seu partido, o mais popular da imprensa mamateira e das urnas sem voto impresso não consegue enfrentar a auditoria do contato direto com a população. Agora nem no exterior. Chegou a Portugal como um rato fugido e de lá sairá do mesmo modo.

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