domingo, 16 de abril de 2023

(Agora) odeio o Twitter

Entre as sandices que implementou no novo negócio está a prática de responder a solicitações de jornalistas com um emoji de cocô. Musk quer acreditar que sua rede social não se submete ao escrutínio público. A gracinha, na vida real, não funciona (...) Desprezar a imprensa é apenas o capítulo inicial de um roteiro bem conhecido.

As palavras são do atual ombudsman da Foice, José Mariante, digno sucessor de Mário Vitor Santos, que hoje desfila a imparcialidade e a objetividade que lhe garantiram o cargo nas colunas do blog petista Brasil 247, o popular Esgotão.

Antes de mais nada, o seu exemplo de que "não funciona" é que, distorcendo a posição da empresa sobre liberdade de expressão, o comunista Flavio Dino ameaçou banir a rede do Brasil e os MAVs e simpatizantes do desgoverno saíram espalhando (pelo próprio Twitter) que ela "apoia o massacre em escolas".

Ou seja, o Mariante, que acusa o Elon Musk de levar a rede para a quinta série, utiliza uma argumentação de jardim da infância, como se não soubesse que existe hashtag para tudo e o lulopetismo não estivesse sempre em busca de uma desculpa para censurar quem não se submete aos seus ditames.

Mas a maior bronca dele é a mesma de todos "eles": o fato da plataforma ter deixado de ser uma desonesta divulgadora do esquerdismo politicamente correto e, principalmente, o seu desprezo pela imprensa do tipo Foice, que realmente não merece mais do que o emoji mostra.

Ao contrário do que o ombudsman diz, a porrada do Musk foi bem pensada e bem dada. Depois de uma resposta dessas, como seus repórteres de cabelo azul vão exigir explicações sobre alguma outra coisa? A Foice vai começar a colecionar emojis de cocô? Passará a contar quantos recebeu?

Se a população se indignasse com esse desrespeito, ela contaria. Mas ninguém está nem aí para isso, os únicos preocupados são Mariante e seus amiguinhos. E quanto mais sua turminha reclamar do tratamento recebido, mais mostrará que não tem uma fração da importância que se dá.

Sem saída, ele apelou para a malandragem do "roteiro bem conhecido", que tenta equiparar o desprezo de não dar atenção ao de atacar e proibir. Este último, que por sinal tem muito mais a ver com o lulopetismo que com o Elon, é realmente perigoso e, quando praticado por um governo, indica uma inegável tendência totalitária.

O desprezo de não bajular a parte canalha da imprensa levava a outro roteiro bem conhecido, no qual gente como o Mariante se reunia para liquidar a reputação do rebelde, que, sem ter como se defender, dificilmente escapava do linchamento.

Mas isso foi antigamente. Hoje o bobalhão só pode morder os cotovelos de raiva e escrever artigos iracundos. O Twitter se submete sim ao "escrutínio público", Mariante, mas este não precisa de intermediários autonomeados como você. O público em geral também lhe manda um emoji de cocô.


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