Carnaval, época de viagens. Tempo bom para lembrar que as multas de trânsito caíram nas rodovias federais, passando de 5,2 milhões em 2021 para 4,1 milhões em 2022. E a campeã nessa queda foi a multa por excesso de velocidade, que, no mesmo período, despencou 82%, de 2,2 milhões para 402 mil.
Naturalmente, os motoristas brasileiros não passaram repentinamente a andar mais devagar. O motivo da queda foi a decisão, tomada pelo governo Bolsonaro, de diminuir sensivelmente o número de radares fixos e móveis.
Diminuíram assim as pegadinhas nas descidas de pistas bem pavimentadas e as geradas por mudanças injustificadas de velocidade (100-80-100, com o radar sempre no trecho do 80). Quem enfia o pé feito louco o fez como sempre. Mas o motorista normal, que sabe até onde pode ir, se viu beneficiado.
Carnificina nas estradas, outro genocídio para jogar na conta do odiado Bozo? Eu não encontrei estatísticas sobre o total de mortes nas rodovias federais nesses dois anos, mas, conhecendo nossas Foices e Globos, não tenho dúvidas de que um aumento significativo de mortes já teria virado manchete se tivesse acontecido.
De qualquer modo, isso é outra coisa que tende a acabar em breve. O faturamento oficial e extra-oficial desses radares é atrativo demais para todos os entes da federação. E a turma do descondenado não vai querer ficar de fora dessa festa, é capaz do número de radares e pegadinhas ficar até maior do que era.
Curva em L logo à frente, poderia dizer o sinal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário