quinta-feira, 1 de dezembro de 2022

Esfinge verde

Existe aquele "esfinge" de "eles fingem que tocam" que o nosso Agente criou no passado para a banda concorrente que tinha esse nome. E nossos líderes militares realmente fingem não ver todos os absurdos que estão acontecendo neste país desde que um certo tribunal deixou até de fingir que seguia as leis.

Mas isso é esperado. Eu e você podemos dizer que o conhecido criminoso foi irregularmente libertado, a eleição que reinstituiria o voto impresso e auditável foi irregularmente pressionada, pessoas foram irregularmente processadas e presas etc. Um general da ativa precisa medir com mais cuidado suas palavras.

A esfinge do título é aquela da dúvida. Os nossos generais não estão entre os idiotinhas manipulados pela imprensa, para quem o STF "exagerou para proteger a democracia" ou coisa parecida. Eles sabem tão bem quanto nós o que está acontecendo. A questão é o que pretendem fazer.

Alguns têm dito que perderão o respeito que lhes tinham se os militares permitirem que a fraude seja concluída e o meliante assuma efetivamente a presidência a partir de janeiro. Mas me parece que eles não saem enfraquecidos dessa história toda, muito pelo contrário.

Se sair às ruas amanhã e der um basta às ilegalidades, nosso Exército será apoiado de imediato por multidões. A esquerda controla minorias importantes na imprensa, nas universidades e nos tribunais, mas só conta com um apoio numericamente significativo entre as camadas da população que não participam ativamente da sociedade.

E se saísse depois de amanhã, já com o país na mão dos lulopetistas, o apoio seria ainda maior. Não existe a mínima chance do meliante conquistar os corações de quem sabe quem ele é e quais são suas verdadeiras intenções.

Nossos bolivarianos têm consciência disso e é por esse motivo que eu creio que não tentarão controlar ou humilhar os fardados como fizeram seus colegas em outros países. Eles não vão cutucar o tigre com a vara curta.

Se os militares agirem serão apoiados pela parcela ativa da sociedade. E podem agir quando quiserem, depende deles. É nesse sentido que eles saem fortalecidos, mesmo com a consolidação da fraude eleitoral.

Não deixa de ser uma garantia para todos nós. Mas qual é a sua validade? Quem domina o supremo continuará dominando, quem fraudou uma eleição frauda outra, quem quer censurar, processar e prender por motivos políticos pode ir apertando o torniquete aos poucos. Quem garante que isso não acabará entrando nos quartéis?

Também nesse aspecto, o general deve pensar como nós. Mas nós pouco podemos fazer e ele pode. Ele, não o presidente que só tomaria uma atitude mais drástica se tivesse a garantia de que seria respaldado. O que será que ele está pensando neste momento? É uma esfinge, um mistério.


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