Brasil, no futuro próximo. Falando a membros de seu partido a poucos dias das próximas eleições, o presidente do país declarou que nossa democracia está sob ataque "dos negadores das eleições", cujas mentiras "alimentaram o aumento perigoso da violência política e da intimidação dos eleitores nos últimos anos”.
Veja outros trechos de seu importante discurso:
Essa violência contra políticos e funcionários apartidários apenas fazendo seu trabalho é a consequência de mentiras ditas por poder e lucro. Mentiras de conspiração e malícia. Mentiras repetidas vezes sem conta que geram um ciclo de raiva, ódio e até violência. A esmagadora maioria dos brasileiros acredita que nossa democracia está em risco, que nossa democracia está ameaçada porque o ex-presidente derrotado se recusou a aceitar os resultados das últimas eleições. Esses extremistas, que são uma minoria entre a oposição, mas são sua força motriz, estão tentando ter sucesso onde falharam na eleição passada, para suprimir o direito dos eleitores e subverter a política eleitoral, o próprio sistema. Isso significa negar seu direito de votar e decidir se seu voto conta.. Em vez de esperar até que a eleição termine, eles estão começando bem antes. Estão começando agora. Eles encorajaram a violência e a intimidação de eleitores e funcionários eleitorais. Estima-se que existam mais de 300 negadores eleitorais nas urnas em todo o país este ano.
Não podemos ignorar o impacto que isso está causando em nosso país. É prejudicial, é corrosivo e é destrutivo. E eu quero ser muito claro, isso não é sobre mim. É sobre todos nós. Precisamos começar a cuidar uns dos outros novamente. Nos vendo como povo, não nos vendo como inimigos entrincheirados.
Bem, a imagem do Rio num futuro apocalíptico é meio forçada. E eu acho que todos desconfiaram que o molusco fraudulentamente eleito não seria capaz de utilizar termos como "força motriz".
Pois não foi mesmo ele. O discurso (levemente editado) é de dias atrás e seu autor é Joe Biden, o presidente eleito de forma igualmente suspeita, que foi recentemente acusado pela Fox News de mandar a CIA intervir no Brasil a favor do ex-presidiário e que acredita (ou diz acreditar) que seu partido vencerá as eleições de meio de mandato, no próximo dia 8.
Nos EUA, meses antes da sua eleição, interesses bilionários se articulavam com forças como a grande imprensa e os governadores democratas para impedir a reeleição de Donald Trump a qualquer custo. E deu certo, até a Pfizer colaborou ao esperar as urnas serem fechadas para anunciar que a vacina estava pronta.
Aqui, com esse exemplo em mente, atores similares seguiram um roteiro parecido, embora adaptado às peculiaridades nacionais (domínio do STF pelo tucanopetismo, urna que pode ser fraudada sem deixar rastros etc).
Lá, ao contrário do que imaginavam, eles dividiram o país de vez e fortaleceram Trump, que hoje domina totalmente a oposição que deve vencer as eleições da próxima terça e tem enormes chances de voltar à presidência em 2024.
Aqui, previsivelmente, eles também acentuaram a divisão do país e fortaleceram Bolsonaro como grande nome da oposição para 2026. Mas talvez o roteiro não possa ser seguido como lá.
Para começar, nossa divisão não é tão igualitária quanto a deles. Baseada nos que estão na parte mais baixa da pirâmide econômica/educacional, a força que o lulopetismo mostrou na eleição se reduz fora dela a pouco mais que o domínio do STF e de uma mídia em que ninguém mais acredita.
As forças policiais e militares são tolhidas pelo respeito formal à lei, mas têm um lado. O povo capaz de se manifestar é "bolsonarista" (entre aspas porque se trata do que o Jair acabou encarnando e não dele em si) e está nas ruas, numa reação que não pode ser comparada à americana. Os indícios de que as urnas foram fraudadas são cada vez maiores.
Será que teremos um desfecho diferente do que vimos há dois anos nos EUA? Isso ainda não dá para prever.
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