Qual? Bem, eu não sou especialista no tema, mas optaria por introduzir repentinamente um personagem totalmente desconhecido até então. Seu nome seria o de menos, os marqueteiros que o escolhessem. Porém ele seria para sempre lembrado como o "Técnico do TSE".
Essas palavras fazem parte de O direito de se reeleger, que foi publicado em 11 de maio passado. Naquele texto, nós comparávamos a reeleição a um dramalhão cubano e dizíamos que este precisava de um personagem saído do nada para agitar os últimos capítulos.
Como se vê, os marqueteiros preferiram um nome relativamente comum, Alexandre Machado. E os autores fizeram algumas mudanças. Nós imaginamos o Alexandre como programador obrigado a fraudar o software da urna. Eles, numa meta-homenagem à origem dessas novelas, o inseriram numa trama que envolve as rádios.
Quer dizer, é o que parece por enquanto, pois nada impede que surja um segundo técnico do TSE para denunciar a fraude das urnas. Por que ele o faria justamente agora? Podemos pensar em vários motivos. E um deles é que ele seja ela.
Alexandra, a Técnica do TSE, conheceu Alexandre no refeitório da empresa e logo viu que mais que os nomes os aproximavam. Ambos detestavam alface, adoravam cinema e até aniversariavam no mesmo dia. Apaixonaram-se perdidamente, estavam de casamento marcado. Se seu amado fora atirado no turbilhão, ela se jogaria em seu centro para enfrentar qualquer coisa ao seu lado.
E que dias tumultuados! Tropas nas ruas, multidões nas ruas, o casal protegido pela Polícia Federal. Um arrepio lhes passou pela espinha quando aquela senhora de aparência humilde furou o cerco e se abraçou aos dois de uma só vez. Mas antes ela fosse uma assassina treinada pelo PSOL, pois suas palavras os feriram mais:
- Vocês não podem se casar, são irmãos gêmeos, os filhos que eu tive e fui obrigada a dar para adoção. Me perdoem, me perdoem. Eu era uma jovem tola, estava desesperada e não sabia o que fazer.
O choque foi terrível, a dor ainda maior. Mas a tragédia da verdadeira mãe os comoveu. Decidiram ajudá-la a procurar o responsável por tudo, aquele rapaz que a encantou com seu garboso uniforme de cadete e depois a abandonou. Quem seria o pai dos técnicos? Por fim o encontraram, era o General Heleno.
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E assim nós descobrimos que a Globo (ou qualquer outra emissora) pode colocar mais inserções do seu candidato favorito sem nada sofrer, pois o TSE bolivariano não se preocupa com isso e não há para quem reclamar. De um lado, tudo, até censura prévia do que a turma do Radiolão imagina que alguém vai dizer. Do outro lado, nada, nem mesmo uma explicação decente para a exoneração do denunciante do esquema.
Agora já não se trata de discutir se a urna foi programada para beneficiar o candidato cujo partido votou em peso contra o voto impresso e auditável. A eleição foi fraudada e as provas estão à vista de todos, escancaradas. Quem se preocupava com as tecnicidades jurídicas da questão já pode pensar nos próximos passos. Se eles forem necessários, é evidente.
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Todos se surpreenderam ao saber quem era o pai das crianças. Ou quase todos. Exilado na Europa, o núcleo gay da novela fez questão de dizer que sempre teve certeza de que o "Vovô" (como o chamam carinhosamente) estava por trás de tudo.

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