terça-feira, 11 de outubro de 2022

Canibal

Saiu mais uma coleção de números do tal instituto que cobra o dobro... e ninguém deu muita importância. Eles se desmoralizaram ao apostaram forte no primeiro turno e perderem, errando praticamente tudo por larga margem e o mais lhes interessava por margem menor. Mas vão continuar tentando até o último instante.

Assim, segundo suas pesquisas, continuamos com aquela estranha situação em que um candidato à presidência que precisa se esconder do povo e não elege seus correligionários está à frente de outro que é saudado efusivamente em estádios e elegeu uma enorme quantidade de deputados e senadores fiéis.

Para alguns, como vimos ontem, essa enorme bancada provaria que não houve fraude contra quem a lidera. Mas é o contrário, quando mais uma fraude alterasse resultados maior seria a chance dela ser descoberta. A lógica seria os fraudadores se concentrarem no cargo mais importante e o transformarem num ponto fora da curva. Como aconteceu.

De qualquer modo, nem os defensores do abortista triplamente condenado estão acreditando muito nas pesquisas. Por suas manifestações nas redes, percebe-se que a arrogância de antes foi parcialmente transformada em preocupação e gerou uma redobrada aposta na desonestidade que já lhes assegurou tantas eleições.

Só o que o pessoal do vibrador com leite condensado está exagerando. Acusar o adversário de canibalismo é tão absurdo que, malgrado umas poucas exceções, não deve causar efeito algum. Pelo menos de maneira solta, sem referência a um contexto mais amplo.

A mamadeira de piroca também era um evidente exagero que apenas uns poucos devem ter levado a sério, mas naquele caso havia a intenção de caricaturizar o verdadeiro alvo, que era o kit gay. Nada assim parece existir na acusação de que Bolsonaro seria um canibal ou defenderia essa prática.

A não ser que eles estejam querendo ressuscitar aquela declaração de que o apartamento funcional era usado para "comer gente". Se for, nos próximos dias o Saltitante deve pedir que o STF mande derrubar as paredes do local em busca de ossos humanos ou coisa parecida.

A possibilidade inversa é que eles não queiram usar a acusação de modo literal, mas como uma metáfora do que, uma vez reconfirmado no Executivo, o monstro fascista pretende fazer com os demais poderes. Ele já engoliu boa parte do Legislativo e tentará deglutir também o sagrado STF, seria a mensagem final.

A linha seguida pela imprensa lulopetista nos últimos dias aponta para a segunda opção. Mas ela parece exigir doses de abstração e sutileza difíceis de encontrar em quem pode votar num malandro de sindicato que acabou de sair de mais uma temporada na cadeia.

Ops, outra ideia: será que o canibal tem a ver com o que ele passou por lá? O sujeito é popular no segmento, obteve 80% dos votos dos presidiários e esse percentual pode crescer no segundo turno. Como diz o Capitão Jim Brass ao interrogar seus suspeitos no SCI: "o pessoal vai gostar de você na cadeia".

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