Com uma inflação que o Reino Unido não via há décadas e uma população cada vez mais revoltada, o Daily Telegraph descobriu o óbvio em seu editorial de ontem: "É hora de enfrentar o legado catastrófico dos lockdowns (...) Você não pode simplesmente desligar e ligar uma economia sem grandes danos colaterais."
Pois é, era só lembrar que o "a economia a gente vê depois" tinha um "depois" no final. Mas, na época, só raras exceções conseguiram escapar da pressão para fechar (quase) tudo durante (quase) todo o tempo em que durasse aquilo que era uma gripe mais forte, mas foi tratada como uma nova Peste Negra.
Do nada, surgiram os Iamarinos e outros idiotas que eram tratados como líderes incontestes da humanidade. Festejava-se a Nova Zelândia da fulana que tinha isolado sua ilha pouco habitada do resto do mundo, festejava-se a Argentina que fazia a nível federal o que o monstruoso Bolsonaro se recusava a repetir por aqui.
Para quê? Descontando aquela parte em que os argentinos passaram a esconder os dados regionais, a mortalidade por lá foi proporcionalmente maior que a nossa. E isso ainda contando que, graças ao nosso STF, governadores e prefeitos puderam dar livre vazão a seus delírios totalitários.
Tudo alegadamente feito em nome da "ciência", mas com aquela gana de se mostrar virtuoso e superior que mobiliza o politicamente correto. E até com interesses comerciais escandalosos como o do vendedor de vacina chinesa de segunda linha que queria obrigar todo paulista a tomá-la.
Tudo sem critério. Que diferença prática haveria entre receber a mesma comida de um entregador de moto ou de um garçom num restaurante em que metade ou mais das mesas tivesse sido retirada para aumentar o afastamento entre os clientes? Nenhuma, mas eles preferiam fechar o restaurante e assim quebraram muitos deles.
Outras empresas eles permitiam que continuassem abertas. Mas definiam restrições de horário para atividades essenciais fazendo com que as pessoas se acumulassem durante o de funcionamento e, imediatamente antes e depois, nos trens e ônibus que passavam lotados enquanto policiais retiravam pessoas de praias desertas.
É difícil dizer se houve um plano maligno por trás de toda essa imbecilidade, desse apelo a profundos receios reptilianos que atingiram um de seus níveis mais altos no Brasil, onde uma oposição acostumada a viver do apoio dos mais idiotas tentou até culpar o presidente pela pandemia.
Logo ele, que disponibilizou todos os recursos para que estados e municípios cumprissem seu papel, procurou terapias alternativas enquanto não havia vacinas e, mesmo não acreditando pessoalmente em sua eficiência, foi um dos primeiros a entrar no consórcio para a sua fabricação e um dos que mais as comprou.
E no final se viu que ele estava certo. Quem não tinha conseguido perceber antes está entendendo agora, "depois".
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