domingo, 7 de agosto de 2022

Espera aí

Por motivos de força maior, voltamos em instantes. Mas não precisa esperar. Como você pode comentar sobre qualquer coisa, mande ver desde já. Já falando em mais algum tempo, em tempo: a moça está de avental para lembrar que é preciso botar a mão na massa e de verde porque falta um mês para o 7 de Setembro.

Passados os instantes, pensei, voltando ao assunto: a menina deve estar ligando para as amigas, pedindo que não esqueçam de participar das comemorações do Bicentenário. E ela está certa, pois o melhor destas será a imensa festa popular. Porém muita gente importante foi convidada, inclusive o presidente de Portugal.

Sabendo disso, Chamil Jade, um ressentido que gostaria de botar água nesse chope, pensou: "taí, vou convencer o português a estragar parte do evento". Mas Chamil não ligou para Marcelo Rebelo de Sousa, mandou-lhe uma carta que começa esquecendo o "de" entre seus sobrenomes e prossegue com as asneiras lulopetistas de sempre.

Destrinchemos um só exemplo:

A bandeira brasileira estará por todas as partes, orgulhosamente exposta e sorrateiramente sequestrada enquanto parte de nós estávamos distraídos. Mas a verdade, presidente, é que entregamos nossa soberania. Quem está hoje no poder no Brasil prestou continência a outras bandeiras, aceitou entendimentos comerciais que prejudicavam setores inteiros da economia nacional, ameaça esfarelar o Estado de direito e se submeteu às orientações de movimentos de extrema direta pelo mundo.

A bandeira brasileira estará por todas as partes, orgulhosamente exposta e sorrateiramente sequestrada enquanto parte de nós estávamos distraídos. Coitados, estavam lá, metendo a mão no cofre, e não perceberam quando o pessoal pegou a bandeira atirada no canto pelos que preferiam a estrela vermelha.

Mas a verdade, presidente, é que entregamos nossa soberania. Quem está hoje no poder no Brasil prestou continência a outras bandeiras (...) Qual soberania, Chamil, a que tínhamos em relação a Cuba e ao Foro de São Paulo? E a continência é um gesto de respeito, bobalhão, como isso se compara a sustentar ditaduras amigas?

(...) aceitou entendimentos comerciais que prejudicavam setores inteiros da economia nacional (...) e se submeteu às orientações de movimentos de extrema direta pelo mundo. O que Chamil quer dizer é, em suma, que opções comerciais e morais só valem se sua turminha concordar. Eles são a "democracia" em sua cabeça.

(...) ameaça esfarelar o Estado de direito (...) Deixei essa para o final porque sempre acaba nisso. Quem Bolsonaro prendeu, censurou ou exilou arbitrariamente? Ninguém. Quem fez isso foi a oposição, através de seus militantes no STF.

Chamil inventa uma ameaça futura para justificar a pilantragem presente dos seus. Resta agora ver se o truque vai funcionar, que efeito essa carta irá causar. Saberemos assim que o presidente português assinar o UOL e tiver acesso ao seu texto completo.

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