Outdoors como o que vemos acima, com mensagens que salientam algumas das diferenças entre o atual presidente e o anteriormente condenado em todas as instâncias técnicas por corrupção e lavagem de dinheiro, têm se multiplicado Brasil afora graças à iniciativa de grupos de cidadãos independentes.
Mas o tal Prerrogativas, grupo de advogados abertamente controlado pelo petismo, já anda dizendo que essas pessoas devem estar recebendo ordens (e financiamento) de uma central ligada a Bolsonaro. Haveria assim um novo Gabinete do Ódio, agora voltado para a confecção de outdoors e cartazes em prédios.
Todos nós sabemos que não é assim, que as mensagens podem ser copiadas porque se mostram boas, mas quem decide colocá-las e as paga são indivíduos que não recebem nem precisam da orientação secreta de ninguém. Até os participantes do Prerrogativas devem saber que estão mentindo.
No entanto, basta ler alguns blogs de esquerda para confirmar como esse tipo de mentira é facilmente aceito pelo petista médio, que, julgando os outros por si mesmo, tem dificuldade em imaginar ações independentes como essas.
No fundo da mente dessa turma sempre há uma versão do Papai Stalin, um Grande Líder que manda e um povo que o obedece. Como as coisas poderiam funcionar de outra maneira? Como o Partido poderia centralizar as decisões sobre economia e todo o restante se cada um fizesse o que bem entende?
E assim mais uma vez chegamos à raiz tecnológica da onda antiesquerdista que varre o Ocidente de uns anos para cá. Com inúmeros militantes obedientes às orientações da cúpula, a esquerda foi se infiltrando e conseguiu dominar na prática os órgãos de comunicação de massa unidirecionais. Mas na descentralizada internet quem predomina são seus adversários mais individualistas.
Esse é um problema sem solução honesta para eles. Por mais que encham as redes de robôs repetindo mensagens da central, chega um ponto em que surgem discussões que exigem o toque individual. E a maioria dos que se sentem bem nesse ambiente mais libertário dificilmente simpatizará com os seus ideais coletivistas.
A única forma deles vencerem esse jogo é impedindo o adversário de entrar em campo (que, aliás, é o que o tal Prerrogativas deve estar tentando junto a seus comparsas instalados nos tribunais). Como diz o quinto item da comparação acima, a próxima eleição também é uma decisão entre Censura e Liberdade.
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