Depois de defender a santidade dos programadores que apagam logs, chegou a vez de estendê-la às pesquisas de opinião. Foi assim que o militante de redação Leonardo Sakanamoto acusou o "bolsonarismo" de utilizar a "lacuna educacional dos brasileiros sobre matemática para tentar fazer crer que elas são mentirosas".
O estranho é que Bolsonaro tem mais apoiadores entre os mais escolarizados e muito mais entre os das "exatas", que mais estudaram matemática. Oriundo das "humanas", Sakanamoto deve saber calcular quantos milhões sua ONG deixou de receber do governo nos últimos anos, mas não parece qualificado para tecer esse tipo de crítica.
Outra coisa torta é: qual pesquisa? Se várias são feitas ao mesmo tempo e cada uma dá um resultado diferente, é óbvio que algumas estão erradas. Só valem as que os militantes saudosos das verbas públicas escolherem? Sakanamoto deveria ter preenchido essa lacuna informativa.
Ao invés disso, ele saiu dizendo que as pesquisas são confiáveis porque têm sua metodologia registrada em algum lugar. Como se isso implicasse numa fiscalização capaz de impedir fraudes diretas ou malandragens como combinações de perguntas feitas para induzir o entrevistado a dar determinadas respostas.
Para culminar, o sujeito acrescentou que os exemplos de erros em eleições passadas não são válidos porque envolvem pesquisas feitas meses antes e os eleitores foram mudando de opinião com o tempo. O que é mentira, pois há casos em que a pesquisa da véspera se revelou totalmente falsa.
Mas a verdadeira pergunta é: por que o militante lulopetista está tão indignado com isso? E a resposta está numa palavrinha que ele utilizou: "crer". A lei da gravidade funciona quer acreditem nela ou não. Se a pesquisa é apenas uma medição científica, por que se preocupar com os incrédulos?
Aí é que está. As atuais pesquisas são antes de tudo parte importante do esquema golpista que inicia com a descondenação ilegal do criminoso com popularidade e pode terminar com a fraude em que as urnas inauditáveis dariam um resultado que ninguém vê nas ruas e só os "pesquisadores" conseguem encontrar.
Nesse caminho, antes de medir para onde ele sopra, elas tentam ser o vento que empurra os navegadores incautos para o abismo lulopetista. E funciona. Tem gente que vota em quem está na frente para dizer que venceu. Ou, ao inverso, deixa de votar no candidato que as pesquisas garantem que vai perder.
É um esquema bem feito, que só quem roubou "para pagar campanhas até 2038" teria condições de montar. No entanto, tudo pode ir por água abaixo se a crença nas pesquisas for abalada. Esse é o receio do lulopetismo e daqueles que anseiam pelo retorno das verbas públicas que este tão generosamente distribui aos comparsas.
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