Segundo o UOLtagonista, a terceira via agora acertou o passo e está prestes a se unir. Moro, Tebet, Leite e não sei mais quantos estão conversando para costurar um grande acordo nacional. Doria por enquanto está fora, mas acabará se juntando ao pessoal até junho, nova data marcada para a grande virada.
A segunda via está mais avançada. Além da velha "união" com a linha auxiliar, o criminoso irregularmente descondenado colocou como vice ninguém menos que o Chuchu, um dos tucanos que até ontem fingiam ser seus mais ferozes adversários.
Mas eles querem mais. Miriam Leitão escreve: "Qual é o erro da terceira via? É tratar Lula e Bolsonaro como iguais. Bolsonaro é inimigo confesso da democracia." Tia Reinalda chega ao cúmulo de inverter inteiramente o que afirmava anos atrás para pedir que todos apoiem seu atual comandante ideológico.
Naturalmente, o resto do pessoal que defende o petismo por dinheiro e/ou ideologia - gente como Kotscho, Sakanamoto, colunistas do UOL e os esgoteiros - também trata o Capitão como um monstro contra o qual as forças vivas do país deveriam se unir.
Tentando mostrar que isso não seria impossível ou inédito, essa turma costuma invocar a grande união que resultou, quase 40 anos atrás, no movimento das Diretas Já. E, pensando no mesmo exemplo, eu torço para que eles se unam cada vez mais.
Na época das Diretas Já havia um regime autoritário, havia censura e coisas do tipo. E só havia eleição indireta para presidente, o que é normal em muitos países, mas para nós equivalia à supressão de um direto do cidadão.
Naquele tempo também era mais difícil descobrir roubos e os políticos de oposição só podiam meter a mão em nível reduzido, basicamente municipal, pois as primeiras eleições diretas para governador haviam ocorrido no ano anterior.
Assim, eles não tinham nada contra si e podiam se mostrar como campeões da democracia que queriam estender o direto ao voto direto para o nível maior. Muitos deles eram grandes oradores, ainda existiam comícios com discursos inflamados e o povo saiu em massa para ouvi-los e apoiá-los.
Hoje é tudo diferente.
Quem pode contar com milhões de pessoas nas ruas é Bolsonaro. A alegação de que ele ameaça a democracia não condiz com fato concreto algum. Pelo contrário, quem apela para o arbítrio e a censura são os nomeados pelo petismo no STF. A oposição é formada por figuras patéticas e quem tem fama (merecida) de roubar é ela.
Nessas circunstâncias, quanto mais eles se unirem mais parecerá que tudo é um esquema de malandros para retomar a chave do cofre e que o único impedimento a isso é aquele que está do outro lado. Como realmente é. Uniões desse tipo só podem resultar no aumento do apoio popular ao atual presidente, são tiros no pé.
Portanto, unam-se! Unam-se logo! Unam-se mais!
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