Ele já havia se despedido, mas no meio da pandemia, com estádio vazio. Como viu que dava para ir mais um pouco, acabou voltando e se despediu ontem, aos 41 anos, com público, vitória de virada e grande atuação coroada por um gol em que se livrou de dois adversários e chutou no canto. Agora sim, D'Alessandro se aposentou (acho).
Bolsonaro não viu o jogo do Inter, mas foi ver o do Santos. Naturalmente, foi vaiado e xingado por alguns. E foi aplaudido e festejado por muitos mais. Poucas coisas podem aferir melhor a popularidade de alguém do que aparecer num estádio lotado, onde não existe a mínima possibilidade de controlar a reação do público.
O criminoso descondenado não foi a jogo algum. Como também não vai à pizzaria, não toma cafezinho na rua e só sai do jatinho para entrar correndo no carro com vidros escuros que parte rapidamente a seguir. O mais popular do planeta nas pesquisas dos amigos dá a impressão de não acreditar muito nelas.
Entre estas, destacam-se as do instituto da gordinha que perdeu o emprego no Ibope e parece disposta a garantir o lugar que antes era do Vox Populi. Ela não tinha nem site, mas já tinha levantamento colocando o chefe nas alturas. E ontem a moça atacou de novo, dizendo que ele está quase empatado com Bolsonaro entre os evangélicos.
Como disse o Alessandro nos nossos comentários, isso deve ser efeito das recentes declarações do sujeito a respeito do aborto e de você ter mais de uma TV em casa. E nos comentários deles? Fui ver no Esgotão e o mais votado era o de um cara dizendo que convive com muitos evangélicos e sabe que isso é mentira. Nem lá, nem lá.
Onde acreditam nas pesquisas é na Foice/UOL, cujo instituto dava os mesmos resultados que os daquele em que a gordinha estava na eleição passada. Se os dois estão concordando é porque devem estar certos, eles diziam. Mas estavam errados. Agora os dois viraram três ou quatro, essa é a grande diferença.
A Foice/UOL também foi capaz de manchetear que Bolsonaro foi vaiado no estádio do Santos. Até o UOLtagonista fez isso. Quem diria! Nestes casos, a única diferença para os blogs petistas é que estes esquecem de dizer que o presidente foi mais aplaudido que vaiado numa das últimas frases da "notícia".
Mas a Foice ontem apresentou um artigo de uma tal Lygia Maria reclamando que as diversas militâncias buscam desacreditar o que ela chama de imprensa profissional. Longe de nós essa intenção, Lygia, basta você ver que ontem e anteontem nós até copiamos e elogiamos longos artigos da revista Oeste.
A questão é que o problema levantado pela Oeste existe e a Foice que lhe deu espaço faz de conta que nada de errado está acontecendo, Bolsonaro foi mais aplaudido e o mesmo veículo só anuncia na manchete a parte em que ele foi vaiado. E assim por diante, poderíamos dar vários exemplos dessa parcialidade.
Na teoria que a Lygia ensina na faculdade até pode ser como ela diz. Mas basta observar o que acontece na prática para ver seu discurso desmoronar. Você também precisa ir para o campo Lygia, para o caso concreto. É ali que se sabe quem é vaiado ou aplaudido, quem só engana e quem joga de verdade.
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