quarta-feira, 27 de abril de 2022

A má impressão é cada vez pior

Parecendo não ter saído da faculdade há muito tempo, Renata Galf está entre os funcionários da Foice que, após protestarem por escrito contra o "racismo" do livro do Risério, tiveram que fazer um cursinho interno para aprender algumas regras do jornalismo e da vida civilizada. E no caso dela não adiantou muito.

A moça começa seu último artigo dizendo: "O TSE ampliou a previsão de urnas eletrônicas a serem testadas para as eleições deste ano em meio aos ataques de Jair Bolsonaro. O objetivo é elevar a segurança e a transparência sobre a votação eletrônica diante de mentiras e suspeitas infundadas de fraude espalhadas pelo presidente da República."

"Lacrou, amiga" devem ter pensado os demais signatários do manifesto. Mas após ofender o presidente ela tenta escrever alguma coisa que preste, informando o que o TSE pretende fazer e as críticas que está recebendo de diversos estatísticos.

O teste

Para provar que seu sistema é bom, o TSE sorteava 100 das cerca de 577.000 urnas do país e fazia uma votação paralela, fictícia, com testemunhas vendo o que foi digitado e somando o resultado para conferir com o boletim de urna apresentado ao final da votação. Como Bolsonaro reclamou, agora eles testarão 600 urnas.

Crítica da amostra

Boa parte das críticas concentrou-se no erro de cálculo do tamanho da amostra, considerado pequeno demais para a alta margem de confiabilidade que o TSE diz ter. Mas um estatístico botou o dedo na ferida ao dizer que o problema não é chegar perto de 100%, mas chegar a 100%. Se uma urna for fraudada a eleição foi fraudada, o teste, nesse sentido, não serve para nada.

Falsa suposição

Outro estatístico foi mais longe ao lembrar que o teste se baseia na suposição de que todas as urnas têm o mesmo hardware e estão carregadas com o mesmo programa. O TSE diz que estão, mas quem garante isso?

Acrescentamos que nem o tribunal pode fazê-lo porque o programa final é instalado por empresas terceirizadas. Quem assegura que uma empresa ou de seus técnicos não alterou uma urna ou cem? Qual seria a chance das urnas alteradas serem sorteadas?

Mais. O sorteio é honesto? Um curto trecho do programa não poderia conter duas versões? Uma que frauda. Outra só para o sorteio, que pode ser acionada por uma interrupção do microprocessador gerada por um sinal externo, que apenas manda pular a parte em que alguns votos de A são dados a B?

A falácia da ausência de problemas

Você é um contador e informa ao empresário que o resultado do mês foi x. Ele pede para ver o registro das operações que geraram o número, mas você responde que só abrirá o livro se provarem que há alguma fraude lá dentro. Aí, depois de algum tempo, você diz que o seu sistema é perfeito porque nunca puderam provar nada contra ele.

Pois os defensores da urna butanesa, sem voto impresso, fazem o mesmo. Será que eles imaginam que todo mundo é idiota ou só repetem o "argumento" porque não conseguem encontrar nada melhor?

Mas a impressão...

E assim vamos, com um sistema de votação inconfiável gerido por pessoas ainda piores, que já mal escondem que seu objetivo é entregar o Executivo para o ex-presidiário que libertaram irregularmente e impedir que a vantagem de 9x2 no topo do Judiciário diminua para "apenas" 7x4. Se hoje eles censuram, perseguem e prendem por delito de opinião, imagine com Executivo e Judiciário novamente nas mãos.

Quanto à justificativa de que não dá para imprimir o voto porque os gênios do TSE não conseguiram resolver esse dificílimo problema, reitero, na imagem acima, a resposta gráfica que o Pândego ofereceu esses dias para a questão.

Cada urna imprime no máximo 500 votos. Como essas maquininhas de cartão conseguem imprimir muito mais que isso e essas empresas as espalham por todos os cantos do país? Talvez fosse o caso de transformar o TSE numa divisão da Cielo.

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