Eu já estou começando a achar que a turma da guerra híbrida acertou o ataque, mas inverteu o alvo. Como sabemos, esse pessoal apostava que os maquiavélicos generais que nos controlam acabariam descartando o alucinado Bolsonaro "que ninguém suporta" (na esquerda, hehe) para ungir o ponderado Moro como próximo presidente.
A aposta tinha até data. Moro passaria a crescer aos poucos, roubando eleitores do Mito. E aí por março explodiria algum escândalo que convenceria os últimos apoiadores do presidente a trocá-lo pelo ex-juiz. Este fingiria surpresa e aquele consternação, mas seria tudo combinado, apenas um teatro.
Pois março chegou e o que se vê é o inverso. Bolsonaro continua firme entre evangélicos, ruralistas e a população em geral. Talvez porque a CIA não tenha tido tempo de treiná-lo melhor em sua temporada americana, Moro não demonstrou capacidade de empolgar ninguém. E os generais apertaram o botão do outro lado.
Quer dizer, eu não se foram mesmo eles que armaram tudo, a guerra híbrida é assim, sempre deixa a gente na dúvida. Mas essa história do MBL é tão tosca que parece que os caras fizeram de propósito para queimar o movimento e quem tenha decidido morrer abraçado com ele, como Moro já se prontificou a fazer.
Como alguém tira uma foto para fingir que está fazendo coquetéis molotov e deixa o nome do bar aparecer no cantinho? Quem mente ter seguido um roteiro quando sabe que o GPS pode desmenti-lo? Como alguém grava comentários que não poderiam jamais vir a público? Quem vazou o áudio?
E a prestação de contas? Notas em sequência e em valor muito acima do aceitável num posto de gasolina. Notas emitidas quando os dois panacas já estavam retornando. Doações feitas quase inteiramente aqui, na volta, dia 7, para uma só entidade, comprovando que eles nunca precisaram viajar.
Depois de tudo isso, Sérgio Moro diz que está fechado com os caras e não abre? Ah, isso não pode ser somente erro de cálculo, ninguém é tão imbecil assim. Foram os generais que mandaram, com certeza. Só resta agora saber como eles vão tirar o larápio petista da jogada.
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Olhando por outro ângulo, dá para imaginar que eles usariam cartões de crédito pessoais para embolsar os reais equivalentes das doações aqui - até aí tudo bem. Mas a impressão que fica é que a viagem visava arrumar comerciantes como o dono do posto, dispostos a fornecer notas frias, com os quais eles "gastariam" o dinheiro aos poucos.
Deu ruim, tiveram que correr para não voltar com a cabeça separada do resto do corpo. E aí , para disfarçar, doaram o resto do dinheiro rapidamente para uma tal de Representação Central Ucraniano Brasileira.
Ocorre que o presidente da RCUB é Vitorio Sorotiuk, um petista da gema, com ficha na polícia e tudo. Trazido à baila por essa doação, hoje ele já está sendo tratado pelo UOL como representante da Ucrânia, dizendo que Bolsonaro ofendeu seu país e não o ajudou em nada. Coincidências? Ou novos botões ainda serão apertados?
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