segunda-feira, 8 de novembro de 2021

Mistérios de um nome

Ontem teve festa no Club 22, nome do bar dos "loucos pelo Botafogo". E ele não é o único a usar esse nome. Como vimos ontem, The Club 22 pode ser até uma coletânea germânica de músicas para a grande rave de abertura do verão, estação em que logo entraremos. Mas não foi por isso que o nome foi escolhido.

Club já estava em inglês e seria possível criar o Thighs' Club, mas isso pareceu exagerado quando até os petistas abandonaram o "coxinhas" que usavam no final de 2017. Tentando simplificar, thigh virou the. E como já existia um the club, foi necessário acrescentar alguma coisa. Mas por que o 22?

Adianto que não é pela Semana de Arte Moderna, da qual viviam falando poucas décadas atrás. Deusolivre de eu criar algo que remeta - ainda que indiretamente, pois o quadro foi pintado seis anos depois - ao Abaporu.

Como xingam quem deles discorda de fascista, os inimigos poderão pensar que foi no mesmo 1922 que Mussolini se tornou primeiro-ministro da Itália. Sua franja identitária poderá até ver no dois duplicade ume referêncie conservadore ao fate de que só existem dois sexes.

Mas não, não foi por nada disso. Ops, disse.

O blog original foi criado no início de 2018, deu sorte na eleição daquele ano e durou praticamente um mandato inteiro. Agora, para deixar tudo igual é necessário mudar algumas coisas, adaptar-se aos novos tempos. De 2018 vamos para 2022.

E a vida não se resume à eleição. 2022 também é o ano do Bicentenário da Independência do Brasil. Duas vezes vinte e dois.

Por outro lado, o número poderia ser uma referência às letras do alfabeto. O que permitiria inclusive a utilização de um slogan como "diga com todas as letras", similar ao antigo "nascido para a livre expressão".

Claro que o alfabeto de 22 letras não é o nosso, mas o hebraico. O que poderia indicar (para eles) uma vinculação ao fundamentalismo religioso bolsonarista, sempre fixado no Antigo Testamento. Ou algum misterioso significado oculto de ordem cabalista, uma daquelas ações mágico-diversionistas da guerra híbrida.

Para concluir, estamos no século 21. Com o número escolhido, poderíamos até mesmo adotar um slogan como "um século à frente do seu tempo". Mas melhor não, vamos deixar assim por enquanto.

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