quarta-feira, 17 de novembro de 2021

Más companhias

Quando uma mãe passa a acusar o filho da outra de ser a má companhia que desencaminhou o seu, pode ter certeza que as duas têm razão. Mas também é verdade que uma tem mais razão, pois sempre há um líder sem o qual o outro integrante desse tipo de parceria acabaria contendo suas más inclinações.

O Mensalão, o Petrolão e todo o resto foram apenas adaptações à esfera federal dos esquemas que já existiam nos sindicatos, nas prefeituras, no caso Celso Daniel, na ligação com as FARC e demais maracutaias. Mas é evidente que a mãe petista instalada na imprensa e sustentada pelo filho querido não podia admitir essa verdade.

Foi assim que surgiu a historinha, ainda tão contada por aí, de que o pobre PT havia sido desencaminhado pelos malvados políticos tradicionais, entre os quais se destacavam os do temível Centrão.

Bolsonaro passou um terço de seu (primeiro?) mandato sem aliança com ninguém, nem mesmo com a turma do PSL, em sua maioria eleita por sua causa. Foi isso que lhe permitiu ocupar a parte da máquina que emite os cheques com os militares e evitar a baderna que se instalaria caso cedesse nacos de poder a Joyces e Frotas.

Nesse primeiro terço ele podia contar, quando necessário, com o povo nas ruas a seu favor. Mas veio a pandemia e, com as mamães da imprensa vislumbrando a possibilidade do filhinho voltar ao poder, ele foi obrigado a se aliar aos políticos tradicionais que continuavam sendo eleitos pelo povo, muitos dos quais do Centrão.

Quem acreditou na narrativa das mamães petistas logo previu a catástrofe. Afinal, o Centrão era capaz de desencaminhar qualquer um. Mas nós dizíamos que não seria assim e, tempos atrás, quando se completou o segundo terço do mandato, aproveitamos para perguntar onde estava a corrupção que o pessoal havia previsto.

Onde está o dinheiro roubado das obras superfaturadas para pagar o Mensalão? Onde estão os 3% que o partido do presidente deve levar por fora em cada contrato? Pois é, não tem. Às vezes as mamães fofoqueiras se animam com o leite condensado, a vacina ou o que seja, mas quando você vai ver de perto percebe que não há nada.

Estou repetindo a argumentação do dia dos dois terços porque aquele artigo se perdeu e tem gente que sempre volta à narrativa criada pelas putinhas e demais mamães do PT, de que o problema é o Centrão. Todavia, para encerrar de modo diferente, ressalto os pontos básicos da história:

1 - A turma do Centrão não é boazinha, se deixarem ela apronta.

2 - No governo do PT, assaltou o país sob a liderança deste.

3 - No governo Bolsonaro pode até ter tido vontade, mas nada roubou.

4 - A verdadeira má companhia é a turma do Centrão ou a associada a quadrilhas como as FARC e eternamente liderada pelo corrupto condenado por unanimidade nas três instâncias preponderantemente técnicas de nosso Judiciário?

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