Os conselhos escolares do ensino público costumavam ser palco de modorrentas assembleias em que moradores de um bairro norte-americano discutiam o salário dos professores e os serviços de limpeza. Mas agora eles são parte da reação da sociedade contra a minoria que tenta impor suas pautas "progressistas".
Entre ameaças de morte, insultos diversos e reuniões monitoradas pela polícia por ordem do Departamento de Justiça, conservadores e progressistas têm investido altas somas e tratado as eleições desses conselhos como as convencionais. E estas são afetadas pelo que lá acontece, com políticos à direita defendendo os direitos dos pais contra a "doutrinação esquerdista" nas salas de aula.
Semanas atrás o republicano Glenn Youngkin se sagrou governador da Virgínia agitando essa bandeira. Foi a primeira vez em 12 anos que os democratas perderam este estado decisivo na última eleição presidencial. E este será um padrão, pois, percebendo que o problema é nacional, os republicanos investirão nos pais indignados para tentar recuperar o controle da Câmara e do Senado nas eleições legislativas de 2022.
Ao mesmo tempo, organizações de pais como a Action 1776 tentam restabelecer a Comissão 1776, criada por Trump para promover uma "educação patriótica" e dissolvida no primeiro dia do governo Biden. Seu presidente, Adam Waldeck, diz que, com a pandemia, os pais tiveram tempo de ver o que estavam ensinando aos seus filhos e ficaram "horrorizados" com o ódio racial, a agenda transgênero e o restante. Ele explica que ninguém quer esconder as crianças numa redoma:
Não é correto dizer que os pais estão protestando contra o ensino destes assuntos. Eles são contra a promoção descarada de uma agenda ideológica radical que vai contra seus valores e os valores sobre os quais esta nação foi construída.
Pelo que ocorre aqui, nós sabemos que isso é verdade. Mas sabemos também que a lacrolândia é imune a qualquer argumento e o único modo de brecá-la é não eleger seus aliados. Assim, lá como cá, os temas culturais vão dominando as eleições mais que os econômicos. São os valores, estúpido.
Quem perdeu e quem venceu não vai perder e vencer
Perdendo a chance de colher uma derrota vergonhosa, Leite respirou aliviado. Como já ficou dois anos fora da política para manter a promessa de não largar a prefeitura no meio do mandato para concorrer a governador, pode até repetir a performance e sair moralmente por cima, fazendo outra vez o tipo despojado.
Doria, ao invés, é o fominha que está sempre trocando o osso por um mais suculento. Está feliz porque se perdesse a indicação se veria obrigado a tentar a reeleição e a derrota o desmoralizaria. Já para presidente ele pode ser derrotado sem traumas, pois seria como perder o Mundial após vencer a Libertadores, algo natural.
Não pense que vai aqui nenhuma secação ao Palmeiras
Aliás, eu gostaria de saber quem, entre os palmeirenses do blog, já foi sócio do clube. Pois eu já fui. Morando relativamente perto, num prédio cujo playground era sombrio, eu me associei quando o menor ainda engatinhava para que os meninos pudessem brincar num lugar agradável. O maior quebrou o braço numa queda. Foi nas piscinas de lá que eles aprenderam a nadar. Bons tempos.
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