quinta-feira, 25 de novembro de 2021

Ainda há policiais em Lyon

Na falta de juízes em Brasília, a Interpol tem resistido a colocar Zé Trovão e Allan dos Santos na difusão vermelha, sua lista internacional de procurados. Não houve, ao menos até agora, uma negativa formal. Mas segundo a reportagem da Folha a situação é inédita, pois a norma da instituição sediada em Lyon é atender prontamente a esse tipo de solicitação.

O que melhor explica a resistência da organização é a obrigação, constante de seu regimento interno, de agir "dentro dos limites das leis existentes em diversos países e respeitando a Declaração Universal dos Direitos Humanos". Traduzindo: ela existe para prender bandidos, não para auxiliar perseguições políticas.

Esperamos que a lista de procurados continue sem a presença dos dois brasileiros e parece que existe uma boa chance disso, pois o pessoal deve ser inteligente o suficiente para saber que abrir a porteira para passar esse boi significaria ter que deixar passar a imensa boiada da mesma raça que viria logo atrás.

Sobra para o Brasil a vergonha de se mostrar ao mundo com um Supremo tão parcial quanto o de qualquer paiseco dominado pelo Foro de São Paulo. Nós sempre festejamos o fato do PT não ter conseguido implantar aqui o tripé bolivariano, mas só agora que um adversário real do partido chegou ao poder é que vemos como ele avançou em dois deles.

Na justiça, o "poder moderador" de seus indicados já é abertamente assumido. E, sem conseguir censurá-la, o partido comprou a imprensa, estimulando a contratação de simpatizantes e garantindo a fidelidade destes através de contribuições financeiras, muitas vezes fornecidas através um familiar. Restaram as Forças Armadas.

Vamos ver agora como nossos prezados ministros reagirão. Uma vez que a Interpol utiliza a Internet e tudo o que passa por esta está sujeito ao regimento interno do STF, bastará que este seja alterado, ou apenas reinterpretado, para que os desobedientes de Lyon sejam exemplarmente punidos. Eles que aguardem.


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