As pressões americanas começaram a dar certo. Muitos prisioneiros, em geral condenados por "extremismo", já estavam sendo libertados nos últimos tempos. E após reunir-se com um conselheiro especial de Donald Trump, o dono do país libertou também o principal nome da oposição.
Este, que sempre foi boicotado pela imprensa inimiga das fake news e amiga do regime, tornou-se conhecido através das redes sociais e provavelmente venceria as últimas eleições presidenciais. Mas não conseguiu nem mesmo apresentar sua candidatura porque foi "detido administrativamente" até que o prazo para inscrições acabasse.
Sua esposa apresentou-se como candidata em seu lugar, perdeu por pouco e reclamou que a eleição havia sido fraudada. Multidões foram às ruas para reclamar. E como contestar resultados eleitorais é um crime que um democrata como o dono do país não poderia suportar, mais de 50 mil pessoas foram presas na ocasião.
Apenas a candidata extremista, espertinha como só, escapou da cadeia ao fugir para o exterior. Azar de sua vice, que foi em cana. E azar do seu marido, que viu sua prisão administrativa se transformar numa condenação a 15 anos por... por alguma coisa lá da lei, as autoridades é que sabem.
E desta vez o sujeito pegou uma prisão de verdade, sem direito a visitas, receber ou enviar cartas para a família e outras medidas de segurança, necessárias devido à sua comprovada periculosidade. Incorrigível, revoltou-se lá dentro e pegou mais um ano e meio por "desobediência à administração prisional".
Claro que daqueles 50 mil da época da eleição a maioria foi solta logo. Sobraram apenas uns cinco mil que, desde que começaram as pressões de Trump, estão sendo soltos num ritmo superior ao das novas prisões (15 a 20 pessoas por dia), necessárias porque o extremismo ainda não foi controlado.
E agora, depois de reunir-se com o conselheiro do presidente americano, o dono do país deu mais uma demonstração de benignidade ao libertar o causador de tudo isso, aquele que hipnotizou os eleitores através da magia das redes sociais. Como diria um conhecido nosso, é democracia até demais.
🌷 Ficha técnica 🌷
Conselheiro americano: Keith Kellogg.
País: Bielorrúsia.
Dono do país: Alexander Lukashenko.
Opositor e esposa: Siarhei Tsikhanouski e Sviatlana Tsikhanouskaya.
Imagem: detenção de Nina Bahinskaya, extremista de 73 anos.
🌷 Observações finais 🌷
Fraquinho esse Lukashenko, está no poder há 31 anos, só depende da Rússia do amigo Putin para se manter no poder, mas não conseguiu resistir a uma pequena pressão do Laranjão. É como nesse Mundial Interclubes, todo mundo pensava que os durões eram os europeus, mas os sul-americanos estão mostrando que são muito mais.
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