segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

De olho em vocês

A tentativa de transformar o desgoverno no defensor dos brasileiros humilhados pelo malvadão amigo dos bolsonaristas foi uma boa sacada em termos de marketing. Mas dependia do cidadão não saber que esses voos sempre existiram e nunca ter assistido um seriado policial americano na TV.

A cena em que o policial manda o suspeito colocar as mãos para trás e lê seus direitos enquanto o algema é comum. E a regra vale para todo mundo, do valentão de rua à idosa aparentemente inofensiva. Do mesmo modo, os deportados foram acorrentados para evitar qualquer baderna durante o voo. É o padrão deles, fim de conversa. 

Quanto à informação de que aqueles voos foram comuns na era Biden, houve um momento em que ela só podia ser encontrada nas redes. Apesar de fingir um dissenso aqui e outro ali, o "consórcio" continua fechado com o regime PT-STF e disposto a mentir por ele. E se não fosse o receio de uma nova surra nas redes, estaria omitindo esse fato até agora. 

De resto, a valentia do desgoverno já parece esgotada. Eles devem ter percebido que ficariam muito mal se insistissem no assunto e depois fossem obrigados a recuar (o que certamente teriam que fazer). Fiel como de hábito, o consórcio já jogou o tema para um apagado segundo plano.

Contribuiu para isso, é evidente, o caso da Colômbia. O palhaço socialista de lá fez um escarcéu com direito à cartinha de grêmio estudantil, tomou a ameaça de uma sobretaxação de 25 a 50% e, vendo que era mais fácil a oposição terminar com seu governo do que ele com os voos, enfiou a viola no saco. Serviu de exemplo.

Golpe, versão 47 1/2

Outra "notícia" veiculada ao mesmo tempo pela imprensa e logo depois retirada diz respeito à participação de Eduardo e Michelle Bolsonaro em uma das derivações do golpe que ninguém viu. Sem provas (e sem medo do ridículo), o consórcio sustenta que eles teriam apoiado verbalmente o tal golpe.

Como todos sabemos, isso é uma espécie de introdução ao tema. O objetivo do regime não é acabar com as eleições, mas proibir a candidatura de todos os oposicionistas capazes de vencer. Como é feito, entre outros, na Venezuela, na Rússia e no Irã; o TSE tenta ser o nosso conselho de aiatolás.

Assim, a pergunta é: eles levarão o tema à frente e serão capazes de cassar o direito eleitoral de uma Michelle Bolsonaro por "apologia a golpe de Estado em conversas particulares" ou outro desses crimes que se acostumaram a inventar?

Meu palpite é que dependemos de pressões externas. Eles enfiariam o pé no acelerador se a imbecil woke tivesse vencido nos EUA e suas costas continuassem quentes como antes. Mas engatarão a ré se Trump, Rubio e os demais defenderem a democracia em nossa região como prometem.

A porretada de Trump no colombiano Petro foi didática. Se ele cumprir o que disse e agir assim para combater o lawfare socialista, os pilantras terão que recuar. Começou bem, Laranjão, parabéns. Tem que manter isso aí.

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