sábado, 21 de dezembro de 2024

Entre atentados e Musk

Saudita de nascimento, 50 anos, vivendo na Alemanha desde 2006, com especialização em psiquiatria. Esse é o perfil do motorista que atropelou propositalmente dezenas de pessoas num mercado de Natal de Magdeburgo, causando quatro mortes (até agora) e deixando mais de 60 feridos.

Esse é o segundo atropelamento coletivo às vésperas de um Natal alemão, o outro foi em 2016. E é evidente que a culpa pelo crime ou loucura de um ou outro não pode ser estendida ao grupo ao qual eles pertencem, mas o fato é que não se imagina imigrantes brasileiros ou bolivianos fazendo algo parecido.

O brasileiro e o boliviano que vivem na Alemanha há 18 anos se consideram dentro do possível como alemães e só pensariam em ir ao mercado de Natal para fazer compras ou ver o movimento. Mas há um pessoal que sempre se vê como estrangeiro e mantém uma relação de ódio latente com o país que o acolheu.

O mais curioso, no entanto, é que esse caso tem uma segunda camada. O atropelador não é um islamita radical, mas um ex-muçulmano que tentava ajudar mulheres sauditas a se refugiarem na Alemanha e se sentia perseguido por políticos como Angela Merkel, que estariam protegendo jihadistas que querem "islamizar a Europa". 

Como essa posição é normalmente associada à direita - desculpem, ultradireita - é provável que ele tenha mesmo sofrido pressões dos últimos governos esquerdistas. O problema é que o psiquiatra maluco acabou agindo como os jihadistas e destruindo famílias inocentes.  

Musk x Merkel

Falou em ultradireita alemã e crítica à imigração desenfreada, falou em AfD, aquele partido que é terrível porque... porque... bem, porque os políticos e jornalistas de esquerda dizem que é. É provável que ele continue crescendo, mas é improvável que vença as eleições de fevereiro. Apesar de ter arrumado um cabo eleitoral como Elon Musk. 

O homem do foguete já declarou e reiterou que a AfD é a salvação da Alemanha. E a esquerda reagiu através de Angela Merkel, que se disse preocupada com o grande poder do sujeito e se colocou como defensora do homem comum contra os ricaços que querem impor sua vontade ao mundo.  

Na verdade é o contrário. Merkel é próxima da agenda globalista bancada por grandes fortunas que agem das sombras para censurar a internet e impor outras pautas contrárias ao interesse do cidadão. E Musk é uma exceção que mostra a cara e tem defendido na prática a liberdade individual e de expressão.   

Ontem falamos da preocupação de um petista com a influência do próximo governo Trump sobre o consórcio PT-STF,  hoje do receio de uma esquerdista europeia com aquele que talvez seja seu principal assessor. Faltam 30 dias para o Laranjão assumir, logo veremos o que ele realmente fará.

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