domingo, 14 de novembro de 2021

Eles se derrubam sozinhos

Agora que arrumou uma boquinha na Globo News, Demétrio Magnoli está mais esquerdista do que nunca. Mas pelo menos o sujeito ainda reconhece o estrago causado em seu próprio campo pelos que chama de "radicais de salão". Nos EUA, onde as taxas de homicídio nas grandes cidades cresceram durante a pandemia.

O aumento foi de 30% em 2020 e, em cima disso, 24% no início de 2021. Claro que a culpa não é do Biden, pois lá esse assunto é municipal e cada cidade pode fazer o que quiser. O problema é que muitas delas estão em mãos de democratas que deram ouvidos a coisas como o "cortem o financiamento da polícia" do Black Lives Matter.

O resultado foi o esperado. O foicista cita o exemplo de Minneapolis, onde Biden obteve 70% dos votos, mas a população acaba de derrotar uma proposta para simplesmente abolir a polícia. O que a deputada local, Ilhan Omar, uma estrela da esquerda democrata, atribuiu, como essa gente sempre faz, à "desinformação".

Concluindo seu artigo, um desolado Demetrio escreve:

Os ativistas da política identitária, arquitetos da "nova esquerda", dirigem sua mensagem às minorias, renunciando a persuadir a maioria, que se torna presa fácil da direita populista. Não só: tratam negros e latinos como minorias zelosas de suas identidades étnicas, não como cidadãos discriminados que querem usufruir, na vida real, de direitos plenos de cidadania. Substituem a política da igualdade pela da diferença – e, quando perdem os votos das próprias minorias, as acusam de não estarem à altura deles mesmos. No fim, a polícia de Minneapolis não será reformada. Trump observa, radiante, a captura do Partido Democrata pelo discurso identitário dos radicais de salão.

Só temos a acrescentar que análises internas do próprio Partido Democrata já alertaram que esse tipo de discurso pode ter um custo eleitoral elevadíssimo num futuro próximo. Mas não adianta, gente como a Ilhan não consegue conter sua sanha de modificar a linguagem, a polícia, a biologia e o que mais puderem.

É também por isso que nos parece que uma eventual derrota eleitoral da onda conservadora (a "direita populista" do Demetrio) não é de modo algum o seu fim. Pelo contrário, a volta dos esquerdistas e seus lacradores ao poder depois de seus adversários o ocuparem deixa ainda mais claro quem eles são e o mal que podem causar.

Seria melhor falar em maré, uma onda depois da outra. Tudo está se encaminhando para isso nos EUA. E o mesmo se dá em outros lugares. Hoje é o dia da Argentina, onde as eleições para renovar metade da Câmara e um terço do Senado podem colocar o governo Fernández-Kirchner contra a parede.


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